O Código de ética dos(as) assistentes sociais completa hoje 18 anos. Sua elaboração foi fruto de um processo coletivo participativo e democrático que manteve a hegemonia que já tinha sido afirmada com o Código de 1986.
O código explicita a defesa de princípios que rompem com uma perspectiva corporativista, na medida em que se inserem em uma dimensão societária e não apenas profissional. Nesta direção, defende a efetivação concreta de valores emancipatórios no cotidiano dos indivíduos sociais, bastante obstacularizada na sociabilidade do capital, pois a dinâmica social capitalista é limitadora da liberdade coletiva; restringe a democracia, a cidadania, a justiça social a níveis que permitem perpetuar sua lógica excludente; desrespeita constante e barbaramente os direitos humanos e incentiva o preconceito e a discriminação como uma das estratégias para a manutenção da sua dominação ideológica e moral. Daí, a necessária explicitação, no Código, da construção de um projeto profissional vinculado a um projeto societário sem exploração e opressão.
Este Código mantém uma nítida relação com a organização da categoria e, particularmente, com o CFESS, que, nestes 18 anos, cumpriu um importante papel de articulador/coordenador do debate ético profissional, tendo atuado em diversas frentes de intervenção nesse âmbito, destacando-se: a realização do projeto “Ética em Movimento” e a promoção de campanhas de defesa dos direitos humanos. Estas iniciativas atestam a relevante intervenção do CFESS no amadurecimento do debate ético profissional, expresso, entre outras questões: no desenvolvimento de atividades de capacitação ética para os(as) profissionais; na articulação com outros segmentos sociais na defesa dos direitos humanos; no aprofundamento do referencial marxista nessa área do conhecimento e na ampliação das pesquisas e grupos de pesquisa neste âmbito.
Nesta data especial, a chapa Tempo de luta e resistência reafirma seu compromisso com a defesa dos valores e princípios contidos no Código de ética e com a continuidade das diversas frentes de luta do CFESS no campo da ética e dos direitos humanos.
Reproduzimos abaixo matéria do site do CFESS sobre os 18 anos do Código de Ética

Intervenção sobre obra "Fundos Murrado", do artista plástico Arthur Bispo do Rosário, usuário da saúde mental que faleceu em 1989.
Bispo é autor da ilustração de capa do Código de Ética Profissional do/a Assistente Social (arte: Rafael Werkema)
Neste domingo, 13 de março, o Serviço Social está em festa. O Código de Ética do/a Assistente Social, instrumento vivo e efetivo de compromisso da categoria com a qualidade dos serviços prestados à população usuária e em defesa da ética, dos direitos e da emancipação humana, completa 18 anos de existência.
Para celebrar este documento histórico da profissão e reafirmar sua importância no cotidiano de cada um/a dos/as 93 mil assistentes sociais do Brasil, o Conjunto CFESS-CRESS tem lançado, desde o início do ano de 2011, uma série de materiais comemorativos.
O primeiro deles foi a Agenda 2011 do/a Assistente Social, que teve como tema: "Código de Ética e Lei de Regulamentação: 18 anos em movimento na defesa de direitos". Em seguida, em fevereiro, O CFESS publicou a nona edição, revista e atualizada, do Código de Ética Profissional, que incluiu: as modificações na Lei de Regulamentação da profissão (Lei n.º 8.662/1993), decorrentes da aprovação da Lei n.º 12.317/2010, que instituiu a jornada de trabalho de 30 horas semanais sem redução salarial para assistentes sociais; a incorporação das novas regras ortográficas da língua portuguesa, assim como à numeração sequencial dos princípios fundamentais do Código; e, ainda, o reconhecimento da linguagem de gênero, adotando-se em todo o texto a forma masculina e feminina simultaneamente.
Agora, no dia em que o documento completa sua "maioridade", o CFESS apresenta uma produção especial que inclui cartaz, adesivo, botton, marcador de página e, principalmente, um CFESS Manifesta. "Nossa homenagem se dirige aos/às estudantes de Serviço Social, aos/às mais de 93 mil assistentes sociais inscritos/as nos CRESS de todo o Brasil, e em especial àqueles/as que dedicam horas de seus dias para militar nas entidades da categoria (Conjunto CFESS-CRESS e ABEPSS), e que trabalham e lutam cotidianamente para materializar os princípios e diretrizes que se consubstanciam no Código e para consolidar o Serviço Social brasileiro como uma profissão comprometida com os direitos da classe trabalhadora, nosso compromisso maior", afirmou a presidente do CFESS, Ivanete Boschetti.
Para a coordenadora da Comissão de Ética e Direitos Humanos do Conselho Federal, Silvana Mara de Morais dos Santos, a data merece ser lembrada e comemorada pela categoria porque constitui um marco histórico e sintetiza uma trajetória que se encontra em processo permanente de elaboração teórico-metodológica e de ações políticas estratégicas . "O Código de Ética Profissional é um documento fundamental para o exercício profissional que estabelece normas, deveres e proibições, objetivando-se como instrumento normativo-jurídico, ao tempo em que contém uma explícita direção social quanto à necessidade histórica da construção de um projeto societário que possibilite a plena realização dos indivíduos sociais e de novos valores", explicou Silvana.
Material comemorativo
O visual do material comemorativo é inspirado na obra "Fundos Murrado", do artista plástico Arthur Bispo do Rosário, usuário da saúde mental que faleceu em 1989. Bispo é autor da marcante ilustração de capa do Código de Ética Profissional do/a Assistente Social. "É a homenagem do CFESS a cada usuário das políticas e serviços sociais, em nome do respeito, qualidade e responsabilidade nos termos dos princípios firmados por este Código que nossa ética profissional pretende assegurar. A imagem de Bispo procura ainda reconhecer e enaltecer os esforções dos vários segmentos sociais, políticos e profissionais que se mobilizam pelo compromisso ético com a liberdade, equidade e democracia", diz trecho da apresentação à edição de 1996 do Código de Ética.
O CFESS enviou aos CRESS exemplares do cartaz, adesivo, marcador de página e bottons para os CRESS distribuírem em suas respectivas regiões. O material também está disponível para download no link Peças de divulgação.
CFESS Manifesta
O CFESS Manifesta traz um breve resgate histórico da construção do Código de Ética até seu conteúdo e formato atuais, além de apontar os desafios do Serviço Social neste momento sócio-histórico no qual "vivenciamos todos os dias situações que são reveladoras de uma sociabilidade que se desenvolve e se afirma mediante processos destrutivos da natureza, do trabalho e da própria vida".
Leia o CFESS Manifesta dos 18 anos do Código de Ética
Baixe a 9ª Edição do Código de Ética

Recorte da capa da 9ª edição do Código de Ética do/a Assistente Social, lançado em fevereiro de 2011
Depoimentos e homenagens
"Esta maioridade legal/formal, 18 anos, expressa a maturidade teórico-ética política conquistada nos últimos 30 anos com o Projeto Ético-Político Profissional. Nossa homenagem se dirige aos/às estudantes de Serviço Social, aos/às mais de 93 mil assistentes sociais inscritos nos CRESS de todo o Brasil, e em especial àqueles/as que dedicam horas de seus dias para militar nas entidades da categoria (Conjunto CFESS-CRESS e ABEPSS), e que trabalham e lutam cotidianamente para materializar os princípios e diretrizes que se consubstanciam no Código e para consolidar o Serviço Social brasileiro como uma profissão comprometida com os direitos da classe trabalhadora, nosso compromisso maior. E essa não é uma tarefa fácil. Em tempos sombrios, o desafio de garantir direitos e assegurar a firme direção para construir uma sociedade não mercantil é imenso, e exige de todos/as nós a firme convicção de que vale a pena acreditar e lutar. Parabéns assistentes sociais! Ivanete Boschetti – presidente do CFESS (gestão 2008-2011)
"18 anos do Código de Ética do/a Assistente Social é um marco histórico fundamental que precisamos comemorar pela direção social ali contida, especialmente nos tempos atuais de avanço de formas de exploração do trabalho e de reprodução de inúmeras modalidades de violência e de opressão na vida cotidiana. Esta comemoração tem o sabor do reconhecimento da luta histórica da categoria de assistentes sociais, da nossa organização política e de enfrentamento do tempo presente com atitude crítica, capacidade de resistência e afirmação de um projeto de sociedade emancipatório. O Código de Ética Profissional é também um valioso instrumento dos usuários e da sociedade brasileira por explicitar a defesa da ética, dos direitos e da emancipação humana". Silvana Mara de Morais dos Santos - coordenadora da Comissão de Ética e Direitos Humanos do CFESS (gestão 2008-2011)
"O Código de Ética dos/as Assistentes Sociais brasileiros/a tem, subjacente aos seus princípios e artigos, a ideia de que cada ser humano em particular, e o ser social em geral, podem almejar viver em um mundo onde a desigualdade, o desrespeito à natureza, a violência contra crianças e velhos, as prisões, e qualquer forma de tortura ou de escravização sejam um dia apenas imagens da pré-história da humanidade. Os/as assistentes sociais que levam o nosso Código nas mãos, em seu cotidiano, são aqueles que se nutrem dessa esperança e a disseminam por este mundo, por meio de seu trabalho". Sylvia Helena Terra – assessora jurídica do CFESS e integrante da comissão de reformulação do Código de Ética (gestão 1996-1999)
"O Código de Ética dos/as Assistentes Sociais é um dos principais símbolos da trajetória de renovação profissional e do projeto ético-político da categoria, que, aguerrida e apaixonadamente, já havia acenado com uma "intenção de ruptura" no Código de 1986. Num intervalo de apenas sete anos, de 1986 a 1993, portanto, o Serviço Social apurou suas concepções teóricas e políticas, podendo propor, por meio de uma comissão de especialistas, respaldada por três Seminários Nacionais de Ética, a reformulação de um novo Código, com atenção especial para as mediações e especificidades éticas. Esse é um belo exemplo da organização política da categoria, de aprendizado no processo, de troca e de escuta, por parte das entidades, dos anseios e necessidades dos profissionais, particularmente dos conselhos regionais e suas comissões de ética e de instrução. Tratou-se, sem dúvida, de um exercício democrático de construção coletiva. O Código de 1993 beneficiou-se, desse modo, diretamente do amadurecimento do debate profissional e, por sua vez, vem, desde a primeira metade dos anos 90, servindo de esteio à configuração da reflexão de temas mais e mais pertinentes ao cotidiano dos usuários e às exigências do raio de ação política, crítica e prática do Serviço Social. Os onze princípios e valores - defesa radical e intransigente da liberdade, direitos humanos, democracia, cidadania, combate ao preconceito e outros - que constituem o seu eixo têm, de forma fecunda e ampliada, orientado o debate sobre os desafios da profissão na contemporaneidade, dentro e fora do Conjunto CFESS-CRESS. Não é à toa que a esse Código está associado o projeto Ética em Movimento (curso para multiplicadores). Sua razão de ser e capacidade de iluminar, com atualidade e discernimento, questões decisivas para o Serviço Social provêm justamente dessa abertura e fomento permanente à troca intelectual e consequentemente à renovação prático-profissional. Vida longa ao Código de Ética e ao projeto ético-político da categoria"! Mione Apolinario Sales – ex-conselheira do CFESS e Integrante da comissão de reformulação do Código de Ética (gestão 1996-1999)
"A maioridade de um dos documentos orientadores mais importantes do Serviço Social brasileiro, o Código de Ética, tem que ser muito comemorada, pois se trata de um documento progressista, embebido de profundos compromissos democráticos e socialistas, que se posiciona contra a exploração e a opressão em todas as suas formas. É um paradigma ético fundado no trabalho e que vem orientando a formulação de documentos semelhantes na América Latina no campo profissional, mas que dialoga também com outras profissões, que vêm encontrando essa referência para atualizar e revolucionar seus próprios compromissos. Tenho muito orgulho dessa categoria que conseguiu formular esse parâmetro tão importante e incisivo, construindo alianças claras com os demais segmentos de trabalhadores, tendo em vista um processo de radicalização democrática e de transição socialista. Em tempos tão difíceis, de neoliberalismo e barbarização da vida social e destruição do meio ambiente, a defesa dos valores e princípios que estão ali inscritos é a aposta num futuro de emancipação, construído desde hoje. Vida longa ao nosso Código de Ética!" Elaine Rossetti Behring – ex-presidente do CFESS (gestão 1999-2002)
"O nosso Código de Ética Profissional é muito mais do que uma legislação da profissão, que organiza um conjunto de normas de cumprimento obrigatório, articulando direitos, deveres e sanções aos/às assistentes sociais. Ele expressa o acúmulo teórico-filosófico da categoria profissional acerca do significado social de sua intervenção e os compromissos ético-políticos assumidos frente à realidade sócio-histórica. Comemorar os 18 anos do Código de Ética é ratificar o compromisso: com os/as usuários/as dos serviços sociais; com as lutas da classe trabalhadora e dos movimentos sociais; o adensamento da defesa das liberdades individuais e da emancipação política; o amadurecimento intelectual da categoria e a clareza da identidade e direção social do serviço social brasileiro. Comemorar também é reconhecer a importância estratégica do Conjunto CFESS-CRESS, da ABEPSS e ENESSO na defesa do Projeto Ético-Político do Serviço Social Brasileiro e dos/as assistentes sociais que, no seu cotidiano do trabalho profissional, asseguram muita categoria à nossa profissão". Léa Lúcia Cecílio Braga – ex-presidente do CFESS (gestão 2002-2005)
"São 18 anos do Código de Ética, que no universo jurídico representam a maioridade! Mas, com certeza, é muito mais que isso! Pois, para além da normatividade do Código de Ética do/a Assistente Social e de seus dezoito de vida, há que se comemorar seu "movimento" de resistência, não só ao tempo, mas ao século, cheio de contradições, injustiças, que quer nos fazer acreditar que o sonho acabou, que quer imprimir em nossas vidas e em nossas relações a marca da barbárie, do individualismo, da indiferença, da naturalização da miséria econômica e humana! Hoje posso afirmar que tenho o privilégio de trabalhar com essa categoria de assistentes sociais, cujo projeto profissional se conecta a um projeto de sociedade, com o qual tenho absoluta e irrestrita afinidade! Quero parabenizá-los a todos e a todas pelos 18 anos do Código de Ética do Serviço Social. Quero declarar meu profundo apreço por essa profissão que tantos avanços tem consolidado não só para a profissão, mas, também, para construção de um "novo" mundo". Elisabete Borgianni – ex-presidente do CFESS (gestão 2005-2008)
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Conselho Federal de Serviço Social - CFESS
Gestão Atitude Crítica para Avançar na Luta – 2008/2011
Comissão de Comunicação
Rafael Werkema - JP/MG - 11732Assessor de Comunicação comunicacao@cfess.org.br
Reproduzimos abaixo matéria do site do CFESS sobre os 18 anos do Código de Ética
Para comemorar: Código de Ética dos/as Assistentes Sociais completa 18 anos
CFESS lança material especial e manifesto em homenagem a este importante instrumento profissional

Intervenção sobre obra "Fundos Murrado", do artista plástico Arthur Bispo do Rosário, usuário da saúde mental que faleceu em 1989.
Bispo é autor da ilustração de capa do Código de Ética Profissional do/a Assistente Social (arte: Rafael Werkema)
Neste domingo, 13 de março, o Serviço Social está em festa. O Código de Ética do/a Assistente Social, instrumento vivo e efetivo de compromisso da categoria com a qualidade dos serviços prestados à população usuária e em defesa da ética, dos direitos e da emancipação humana, completa 18 anos de existência.
Para celebrar este documento histórico da profissão e reafirmar sua importância no cotidiano de cada um/a dos/as 93 mil assistentes sociais do Brasil, o Conjunto CFESS-CRESS tem lançado, desde o início do ano de 2011, uma série de materiais comemorativos.
O primeiro deles foi a Agenda 2011 do/a Assistente Social, que teve como tema: "Código de Ética e Lei de Regulamentação: 18 anos em movimento na defesa de direitos". Em seguida, em fevereiro, O CFESS publicou a nona edição, revista e atualizada, do Código de Ética Profissional, que incluiu: as modificações na Lei de Regulamentação da profissão (Lei n.º 8.662/1993), decorrentes da aprovação da Lei n.º 12.317/2010, que instituiu a jornada de trabalho de 30 horas semanais sem redução salarial para assistentes sociais; a incorporação das novas regras ortográficas da língua portuguesa, assim como à numeração sequencial dos princípios fundamentais do Código; e, ainda, o reconhecimento da linguagem de gênero, adotando-se em todo o texto a forma masculina e feminina simultaneamente.
Agora, no dia em que o documento completa sua "maioridade", o CFESS apresenta uma produção especial que inclui cartaz, adesivo, botton, marcador de página e, principalmente, um CFESS Manifesta. "Nossa homenagem se dirige aos/às estudantes de Serviço Social, aos/às mais de 93 mil assistentes sociais inscritos/as nos CRESS de todo o Brasil, e em especial àqueles/as que dedicam horas de seus dias para militar nas entidades da categoria (Conjunto CFESS-CRESS e ABEPSS), e que trabalham e lutam cotidianamente para materializar os princípios e diretrizes que se consubstanciam no Código e para consolidar o Serviço Social brasileiro como uma profissão comprometida com os direitos da classe trabalhadora, nosso compromisso maior", afirmou a presidente do CFESS, Ivanete Boschetti.
Para a coordenadora da Comissão de Ética e Direitos Humanos do Conselho Federal, Silvana Mara de Morais dos Santos, a data merece ser lembrada e comemorada pela categoria porque constitui um marco histórico e sintetiza uma trajetória que se encontra em processo permanente de elaboração teórico-metodológica e de ações políticas estratégicas . "O Código de Ética Profissional é um documento fundamental para o exercício profissional que estabelece normas, deveres e proibições, objetivando-se como instrumento normativo-jurídico, ao tempo em que contém uma explícita direção social quanto à necessidade histórica da construção de um projeto societário que possibilite a plena realização dos indivíduos sociais e de novos valores", explicou Silvana.
Material comemorativo
O visual do material comemorativo é inspirado na obra "Fundos Murrado", do artista plástico Arthur Bispo do Rosário, usuário da saúde mental que faleceu em 1989. Bispo é autor da marcante ilustração de capa do Código de Ética Profissional do/a Assistente Social. "É a homenagem do CFESS a cada usuário das políticas e serviços sociais, em nome do respeito, qualidade e responsabilidade nos termos dos princípios firmados por este Código que nossa ética profissional pretende assegurar. A imagem de Bispo procura ainda reconhecer e enaltecer os esforções dos vários segmentos sociais, políticos e profissionais que se mobilizam pelo compromisso ético com a liberdade, equidade e democracia", diz trecho da apresentação à edição de 1996 do Código de Ética.
O CFESS enviou aos CRESS exemplares do cartaz, adesivo, marcador de página e bottons para os CRESS distribuírem em suas respectivas regiões. O material também está disponível para download no link Peças de divulgação.
CFESS Manifesta
O CFESS Manifesta traz um breve resgate histórico da construção do Código de Ética até seu conteúdo e formato atuais, além de apontar os desafios do Serviço Social neste momento sócio-histórico no qual "vivenciamos todos os dias situações que são reveladoras de uma sociabilidade que se desenvolve e se afirma mediante processos destrutivos da natureza, do trabalho e da própria vida".
Leia o CFESS Manifesta dos 18 anos do Código de Ética
Baixe a 9ª Edição do Código de Ética

Recorte da capa da 9ª edição do Código de Ética do/a Assistente Social, lançado em fevereiro de 2011
Depoimentos e homenagens
"Esta maioridade legal/formal, 18 anos, expressa a maturidade teórico-ética política conquistada nos últimos 30 anos com o Projeto Ético-Político Profissional. Nossa homenagem se dirige aos/às estudantes de Serviço Social, aos/às mais de 93 mil assistentes sociais inscritos nos CRESS de todo o Brasil, e em especial àqueles/as que dedicam horas de seus dias para militar nas entidades da categoria (Conjunto CFESS-CRESS e ABEPSS), e que trabalham e lutam cotidianamente para materializar os princípios e diretrizes que se consubstanciam no Código e para consolidar o Serviço Social brasileiro como uma profissão comprometida com os direitos da classe trabalhadora, nosso compromisso maior. E essa não é uma tarefa fácil. Em tempos sombrios, o desafio de garantir direitos e assegurar a firme direção para construir uma sociedade não mercantil é imenso, e exige de todos/as nós a firme convicção de que vale a pena acreditar e lutar. Parabéns assistentes sociais! Ivanete Boschetti – presidente do CFESS (gestão 2008-2011)
"18 anos do Código de Ética do/a Assistente Social é um marco histórico fundamental que precisamos comemorar pela direção social ali contida, especialmente nos tempos atuais de avanço de formas de exploração do trabalho e de reprodução de inúmeras modalidades de violência e de opressão na vida cotidiana. Esta comemoração tem o sabor do reconhecimento da luta histórica da categoria de assistentes sociais, da nossa organização política e de enfrentamento do tempo presente com atitude crítica, capacidade de resistência e afirmação de um projeto de sociedade emancipatório. O Código de Ética Profissional é também um valioso instrumento dos usuários e da sociedade brasileira por explicitar a defesa da ética, dos direitos e da emancipação humana". Silvana Mara de Morais dos Santos - coordenadora da Comissão de Ética e Direitos Humanos do CFESS (gestão 2008-2011)
"O Código de Ética dos/as Assistentes Sociais brasileiros/a tem, subjacente aos seus princípios e artigos, a ideia de que cada ser humano em particular, e o ser social em geral, podem almejar viver em um mundo onde a desigualdade, o desrespeito à natureza, a violência contra crianças e velhos, as prisões, e qualquer forma de tortura ou de escravização sejam um dia apenas imagens da pré-história da humanidade. Os/as assistentes sociais que levam o nosso Código nas mãos, em seu cotidiano, são aqueles que se nutrem dessa esperança e a disseminam por este mundo, por meio de seu trabalho". Sylvia Helena Terra – assessora jurídica do CFESS e integrante da comissão de reformulação do Código de Ética (gestão 1996-1999)
"O Código de Ética dos/as Assistentes Sociais é um dos principais símbolos da trajetória de renovação profissional e do projeto ético-político da categoria, que, aguerrida e apaixonadamente, já havia acenado com uma "intenção de ruptura" no Código de 1986. Num intervalo de apenas sete anos, de 1986 a 1993, portanto, o Serviço Social apurou suas concepções teóricas e políticas, podendo propor, por meio de uma comissão de especialistas, respaldada por três Seminários Nacionais de Ética, a reformulação de um novo Código, com atenção especial para as mediações e especificidades éticas. Esse é um belo exemplo da organização política da categoria, de aprendizado no processo, de troca e de escuta, por parte das entidades, dos anseios e necessidades dos profissionais, particularmente dos conselhos regionais e suas comissões de ética e de instrução. Tratou-se, sem dúvida, de um exercício democrático de construção coletiva. O Código de 1993 beneficiou-se, desse modo, diretamente do amadurecimento do debate profissional e, por sua vez, vem, desde a primeira metade dos anos 90, servindo de esteio à configuração da reflexão de temas mais e mais pertinentes ao cotidiano dos usuários e às exigências do raio de ação política, crítica e prática do Serviço Social. Os onze princípios e valores - defesa radical e intransigente da liberdade, direitos humanos, democracia, cidadania, combate ao preconceito e outros - que constituem o seu eixo têm, de forma fecunda e ampliada, orientado o debate sobre os desafios da profissão na contemporaneidade, dentro e fora do Conjunto CFESS-CRESS. Não é à toa que a esse Código está associado o projeto Ética em Movimento (curso para multiplicadores). Sua razão de ser e capacidade de iluminar, com atualidade e discernimento, questões decisivas para o Serviço Social provêm justamente dessa abertura e fomento permanente à troca intelectual e consequentemente à renovação prático-profissional. Vida longa ao Código de Ética e ao projeto ético-político da categoria"! Mione Apolinario Sales – ex-conselheira do CFESS e Integrante da comissão de reformulação do Código de Ética (gestão 1996-1999)
"A maioridade de um dos documentos orientadores mais importantes do Serviço Social brasileiro, o Código de Ética, tem que ser muito comemorada, pois se trata de um documento progressista, embebido de profundos compromissos democráticos e socialistas, que se posiciona contra a exploração e a opressão em todas as suas formas. É um paradigma ético fundado no trabalho e que vem orientando a formulação de documentos semelhantes na América Latina no campo profissional, mas que dialoga também com outras profissões, que vêm encontrando essa referência para atualizar e revolucionar seus próprios compromissos. Tenho muito orgulho dessa categoria que conseguiu formular esse parâmetro tão importante e incisivo, construindo alianças claras com os demais segmentos de trabalhadores, tendo em vista um processo de radicalização democrática e de transição socialista. Em tempos tão difíceis, de neoliberalismo e barbarização da vida social e destruição do meio ambiente, a defesa dos valores e princípios que estão ali inscritos é a aposta num futuro de emancipação, construído desde hoje. Vida longa ao nosso Código de Ética!" Elaine Rossetti Behring – ex-presidente do CFESS (gestão 1999-2002)
"O nosso Código de Ética Profissional é muito mais do que uma legislação da profissão, que organiza um conjunto de normas de cumprimento obrigatório, articulando direitos, deveres e sanções aos/às assistentes sociais. Ele expressa o acúmulo teórico-filosófico da categoria profissional acerca do significado social de sua intervenção e os compromissos ético-políticos assumidos frente à realidade sócio-histórica. Comemorar os 18 anos do Código de Ética é ratificar o compromisso: com os/as usuários/as dos serviços sociais; com as lutas da classe trabalhadora e dos movimentos sociais; o adensamento da defesa das liberdades individuais e da emancipação política; o amadurecimento intelectual da categoria e a clareza da identidade e direção social do serviço social brasileiro. Comemorar também é reconhecer a importância estratégica do Conjunto CFESS-CRESS, da ABEPSS e ENESSO na defesa do Projeto Ético-Político do Serviço Social Brasileiro e dos/as assistentes sociais que, no seu cotidiano do trabalho profissional, asseguram muita categoria à nossa profissão". Léa Lúcia Cecílio Braga – ex-presidente do CFESS (gestão 2002-2005)
"São 18 anos do Código de Ética, que no universo jurídico representam a maioridade! Mas, com certeza, é muito mais que isso! Pois, para além da normatividade do Código de Ética do/a Assistente Social e de seus dezoito de vida, há que se comemorar seu "movimento" de resistência, não só ao tempo, mas ao século, cheio de contradições, injustiças, que quer nos fazer acreditar que o sonho acabou, que quer imprimir em nossas vidas e em nossas relações a marca da barbárie, do individualismo, da indiferença, da naturalização da miséria econômica e humana! Hoje posso afirmar que tenho o privilégio de trabalhar com essa categoria de assistentes sociais, cujo projeto profissional se conecta a um projeto de sociedade, com o qual tenho absoluta e irrestrita afinidade! Quero parabenizá-los a todos e a todas pelos 18 anos do Código de Ética do Serviço Social. Quero declarar meu profundo apreço por essa profissão que tantos avanços tem consolidado não só para a profissão, mas, também, para construção de um "novo" mundo". Elisabete Borgianni – ex-presidente do CFESS (gestão 2005-2008)
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Conselho Federal de Serviço Social - CFESS
Gestão Atitude Crítica para Avançar na Luta – 2008/2011
Comissão de Comunicação
Rafael Werkema - JP/MG - 11732Assessor de Comunicação comunicacao@cfess.org.br
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